Terapia “não é coisa de maluco” precisamos mudar esse conceito

Terapia “não é coisa de maluco” precisamos mudar esse conceito

Muitas pessoas têm a ideia errada de que o psicólogo trata somente de pacientes com graves distúrbios mentais. Porém, esse preconceito não deve existir, essa não é a realidade. Essa ideia errônea pode atrasar o atendimento de uma pessoa e agravar seu problema.

A procura pelo tratamento pode ocorrer em diversas situações: Quando a pessoa não esta se sentindo bem com a sua vida, ou algum sofrimento não consegue ser superado, ou diante de dificuldades de relacionamentos, quando esbarra em situações que não consegue resolver, não encontra respostas, etc. O auxílio de um psicólogo nesse período será essencial para que essa pessoa supere esse momento que a esta deixando insatisfeita.

O processo terapêutico ajuda a pessoa a se organizar melhor e aprender a lidar com essas situações que lhe parecem difíceis.

E necessário o interesse da pessoa pelo tratamento. A pessoa tem que estar interessada, ter comprometimento e responsabilidade para que exista o resultado esperado.

Para dar inicio ao processo terapêutico basta ligar para a psicóloga e marcar uma entrevista inicial, a qual, colocara para a profissional as questões que te incomodam, podendo nessa ocasião tirar todas as suas dúvidas sobre o atendimento em questão. O primeiro encontro é mais um momento de conhecimento entre as duas partes, e importante que a pessoa sinta empatia, algumas vezes, nos identificamos mais com um terapeuta do que com outro e isso e importante no processo terapêutico. É fundamental nos sentirmos bem com o terapeuta que ira nos atender. É nesse primeiro contato que podemos perceber isso. Não é obrigatório continuar um tratamento se a pessoa não se sente bem com a outra. A pessoa não é obrigada a falar do que não quer, somente o que se sentir bem para falar.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A experiência do “luto”

Citando Freud em “Luto e Melancolia” (1917, vol XIV – pg 269-291) podemos dizer que: “O luto, de modo geral, é a reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstração que ocupou o lugar de um ente querido, como o país, a liberdade ou o ideal de alguém, e assim por diante”.

Na fase do luto, a perda de interesse é intensa, o mundo se torna pobre e vazio. Mas, ainda que o luto desenvolva na pessoa grande distanciamento  do que parece uma atitude normal para com a vida, não podemos vê-lo como uma condição patológica, e sim respeitá-lo no seu  tempo, sem  causar interferências, uma vez que, isso poderá se prejudicial a ele. Precisamos apenas observar, se esse luto não se estenderá por um período muito longo de tempo. Pois, a partir daí, é necessário investigar se realmente não existe uma patologia.

Sempre digo que o luto vivido pela perda de alguém que se ama, nos causa a mesma perda de interesse pelo mundo externo como no luto da perda de uma pessoa querida que faleceu, nos colocando em um estado intenso de sofrimento e dor. Ambos os sofrimentos são muito parecidos, surgem neles à mesma dificuldade, como diria Freud (1917, vol XIV – pg 269-291), de “adotar um novo objeto de amor” (o que significaria substituí-lo) e o mesmo afastamento de toda e qualquer atividade que não esteja ligada a pensamentos sobre ele.”.

Qual o trabalho então do luto, para que ele serve, porque sentimos isso? Esse luto nos leva a pensar que precisamos abandonar o objeto amado que se foi. Porém, isso não nos parece tarefa fácil, e não é, abandonar o que se amava de bom grado realmente não estava nos nossos planos, nem mesmo quando sentimos tal necessidade dessa decisão. Entretanto precisamos vivenciar as emoções advindas disso para que possamos elaborar e seguir em frente. Devemos pensar que o luto se estende por um tempo, e que deve ser vivido pouco a pouco. O que acontece é que: cada uma das lembranças vivida por esse obejeto é evocada, elaborada e então vai acontecendo o desligamento a cada uma delas, aos poucos. Precisamos viver esse luto, pois, ele é necessário para que possamos, mais a frente, nos sentir livres para seguir adiante.

Heloisa Brandão

Psicologa

CRP 35680/5

domingo, 29 de abril de 2012

Precisamos aprender a respeitar “nossos limites”

Todos nós temos limites, ainda que na maioria das vezes não prestamos atenção neles.



Muitas vezes vamos levando a vida sem perceber que certas atitudes que estamos tomando estão nos prejudicando e que estamos passando por cima de nós mesmos, dos nossos limites. Existem momentos em que é preciso parar e pensar em tudo isso. Não reconhecer nossos limites inevitavelmente pode nos levar a exaustão.

Até onde o nosso emocional é capaz de suportar? As vezes, “não nos damos conta, mas, algo esta nos fazendo tão mal, que o nosso fisico da o alerta e pede ajuda”, talvez nesse momento, já tenhamos ultrapassado vários limites. Então, como saber? Você sabe qual o seu limite? Até onde pode ou deve ir? Responder a essas perguntas pode não ser tarefa fácil, mas, é importante para que saiba, o que é necessário repensar ou mudar na sua vida. Definir o que somos e o queremos pode nos ajudar muito nesse momento.

Tomar certas decisões na vida não é facil, mas, é necessário, assim como dizer não, também não é algo fácil, mas, é preciso. Como faremos essas coisas? O que devemos fazer para nos tornarmos capazes de entender melhor nossos limites? Ou pensar até que ponto podemos ir? Sem que isso nos cause dor e insatisfação. Será que não é importante nos conhecermos melhor e aprender a decidir o que é ou não importante para nós, para nossa vida, pensar o que nos fará bem ou não?

Cada um de nós tem seu limite e isso difere de uma pessoa para outra, cada um é capaz de suportar uma coisa, não existem comparações, uns aguentam uma dor, enquanto outros não suportariam aquilo. Cada individuo vai até onde seu limite permite. Um exemplo: “Como é possível fazer algo por alguém se não estamos nos sentindo bem para isso?”, será que nesse momento em que fazemos isso não estamos passando por cima de nos mesmos? Precisamos pensar que desse modo, estamos nos “atropelando”, será que esse não é o limite? Não que seremos egoístas e a partir de agora não ajudaremos mais ninguém, não é isso, só precisamos pensar melhor e ver que “não é justo com a gente fazer algo só para agradar o outro, e nos desagradar”, não acha? E nós? Como ficamos?

Muitas vezes, tentamos ser alguém além do que somos, para não decepcionar e desagradar o outro, mas, isso pode nos levar a muito sofrimento e frustação. Será que isso é mesmo necessário? Precisamos aprender a nos conhecer melhor, para assim saber até onde devemos e podemos ir. Isso não é tarefa das mais fáceis, nos gera receio, insegurança, mas, é importante. Temos medo de assumir nossas verdades e não sermos aceitos, de não nos acharmos bons o suficiente. Será que se não a assumimos, também não podemos ser deixados de lado? Será que não devemos nos desprender dos conceitos concebidos no passado nos abrindo para novas possibilidades e buscando realmente quem somos, para assim, assumir nossa verdade de forma leve e natural?

Costumo dizer que: “Faça o que fizer não agradará a todos, vai ter sempre alguém que não estará satisfeito”. Faça as coisas por você, pelo prazer que isso te fará e não para agradar o outro. Quando fazemos pelo outro a cobrança vem junto e uma série de outras questões também. Quando fazemos por nós, não, acaba sendo diferente, fazemos porque queremos e ponto.

Uma vez reconhecidos os nossos limites, nossas verdades, o que realmente somos, a próxima etapa é fazer novos acordos com nós mesmo e com quem esta próximo a nós. Pois, quando somos verdadeiros com nós mesmos, também somos com quem esta a nossa volta. Passe a fazer as coisas que seu corpo e sua mente aguentam. Aceite e respeite seu momento. Quando nos mostramos de forma inteira e real, o outro acaba nos percebendo dessa maneira também.

Quando aprendemos a reconhecer nossos limites, estamos respeitando a nós mesmos, eliminando sofrimentos e sendo feliz.






Heloisa Brandão

CRP 35680/5

                                                                                                                                                 


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

RECEITA DE ANO NOVO

...Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
                                                     
 Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Qual será a melhor idade para deixar os filhos andarem sozinhos?

Os responsáveis precisam analisar responsabilidade e autonomia para estimular as crianças a darem os primeiros passos sem a sua orientação

Vai chegar o dia em que os filhos pedem para sair sozinhos. O que fazer? Isso pode causar certa insegurança para os pais, mas, eles precisam se preparar para esse dia, pois, os filhos precisam crescer. A superproteção os deixa imaturos e acomodados, não é possivel  protegê-los a todo tempo. Não é fácil para os pais pensarem nesse dia, admitir que os filhos cresceram, porém, esse momento é muito importante para eles. Uma hora eles precisam andar sozinhos, com as próprias pernas. Talvez isso ocorra mais cedo do que alguns pais imaginam ou possam estar preparados. Essa confiança que será adquirida é significante para os filhos. Normalmente a idade em que as crianças começam a pedir para saírem sozinhas e por volta dos nove anos, no entanto, isso difere de uma criança para outra. O mais importante é observar o filho e os sinais que estes estão dando quanto à sua maturidade. O principal é os pais orientarem as crianças desde muito pequenas para que eles aprendam a se virar sozinhas. Confiança e diálogo devem ser à base desse relacionamento.  Aos poucos estes pais podem ir colocando situações para as crianças e descobrindo como estas resolveriam tais questões se estivesse sozinha, isso normalmente deve acontecer por volta dos oito anos, onde pais podem colocar situações fictícias e entender como a criança se comportaria diante de tal situação. Os pais devem ser cuidadosos nesse momento, sair sozinho é um aprendizado. No início, os pais devem orientar e ficar junto a todo o momento. O processo deve ser gradual e acompanhado de muita conversa. Não dá para uma criança fazer algo sozinha sem nunca antes ter ficado só. A mudança deve acontecer aos poucos. Em um primeiro momento, podemos deixar isso acontecer em lugares fechados, como shoppings, orientando e colocando algumas restrições, não deixando de observar os passos da criança de longe, sem que esta perceba, orientando sempre para que não converse com estranhos e as conseqüências que podem advir disso. E preciso alertar desde muito cedo sobre os perigos existentes, mas, com muito cuidado, sem muito alarde, para que não cause pânico e a criança não queira no futuro sair só. Depois em um segundo momento, podemos pensar em pequenos percursos, aqueles próximos a casa onde a criança não precise, por exemplo, atravessar a rua, delimite distâncias nesses primeiros períodos. Em seguida estenda esse percurso para lugares próximos, mas, que já precise atravessar a rua e auxilie nos primeiros momentos e depois o deixe ir sozinho. Peça sempre que a criança ligue avisando quando chegar aos lugares e quando for ficar por mais tempo do que aquele planejado, os acordos são importantíssimos. Nesses primeiros momentos e imprescindível a criança respeitar aos limites, e qualquer desrespeito a eles deve ser conversado. A criança também sente medo nesses primeiros passos; atendia uma jovem que sempre me dizia que gostaria de sair sozinha, mas, que tinha muito medo, e que a mãe sempre a assustava e não a deixava andar só. Os filhos ficam nesse conflito, eu posso, eu devo ou não? Mas será que os pais não devem ter certo cuidado com o que diz aos filhos nesse sentido? Será que o que é dito não pode causar muitas dúvidas e medos na criança, as deixando confusas? Precisamos nos atentar para que o medo da gente não impeça a criança de viver” da mesma forma que ela tem que dominar o medo dela, nós temos que aprender a fazer o mesmo com o nosso, claro que dentro do limite de cada um, mas, sempre tentando vencê-los para que não tenham consequências maiores. Desta maneira, estamos contribuindo para a autonomia de nossos filhos, e isso ira lhe ajudar muito no seu futuro, para que ele se torne um adulto autônomo, seguro, tendo condições de cuidar da própria vida. É enfrentando pequenos desafios durante a infância e a adolescência que aprendemos a lidar com nossos problemas na vida adulta. São etapas para o amadurecimento. Além de pensar que estamos realizando um desejo da criança, que também precisa ser respeitado.

Heloisa Brandão
CRP 05-35680



domingo, 6 de novembro de 2011

O que é felicidade?

Cada indivíduo tem um conceito sobre o que é felicidade e como alcançá-la. Para você o que é felicidade?  O que te faz feliz? Qual o seu conceito de felicidade? Acredito que muitos de nos nunca tenha parado para pensar sobre isso não é? Qual o nosso conceito de felicidade? E será que alguém já se deu ao trabalho de ver no dicionário? Então vamos lá: Segundo o dicionário Aurélio¹ Felicidade é: 1.Qualidade ou estado de feliz. 2.Bom êxito; sucesso. Ser Feliz é: 1.Que goza de satisfação, sorte, ventura; afortunado. 2.Intimamente contente, alegre. 3.Que teve ou tem bom resultado; bem sucedido. 4.Favorecido pela sorte; afortunado 5.Que proporciona, traz ou transmite felicidade. O que podemos pensar após ler essa definição? Será que a questão não esta no modo de como cada um encara a vida? Como tem encarado a sua vida? Para algumas pessoas ser feliz é ter um bom emprego, um bom carro, uma bela casa, mas, será que quando se conquista tudo isso, ficamos felizes? Será que a felicidade é medida pelos bens matérias que temos ou conquistamos? Quem tem dinheiro é feliz? Qual é o papel do dinheiro na vida das pessoas? Para outras pessoas felicidade e ter saúde, uma boa família, alguns já acreditam no sucesso e na carreira profissional. E para você onde está a felicidade? Será que é uma união disso tudo?  Ou não é nada disso. Será que o conceito de felicidade mudou ao longo do tempo? Ou será que não temos prestado atenção nela como há algum tempo atrás? O dia a dia corrido, esse mundo capitalista, globalizado, será que não tem nos impedido de parar para pensar melhor e observar e entender o que nos faz feliz? Será que não temos deixado essa correria tomar conta de nos, todo esse estresse, muito trabalho, a falta de tempo para tudo e para todos e principalmente para os prazeres, para a vida, para família e os filhos? Será que não vivemos tão enlouquecidos correndo atrás de “coisas”, que mal temos tempo para aproveitar o que já temos. Todos temos um sonho, e estamos sempre pensando lá na frente, no que vamos alcançar, conquistar e acabamos por esquecer de viver o hoje e ser feliz. Será que quando alcançamos esse sonho ficamos felizes? Ou já reiniciamos a corrida por um novo sonho e assim por diante e nem damos tempo para curtir o que acabamos de conquistar, sentindo-se infeliz novamente.  John Lennon dizia; “A vida é o que está acontecendo enquanto estamos pensando no futuro”. Muitas vezes ficamos procurando a felicidade no que ainda não temos e deixamos de ser felizes com o que temos. Pense nisso. Não que vamos deixar de ter metas, objetivos e querer novas conquistar, mas, será que não é preciso aprender a viver melhor com o que se tem hoje? Será que é possível ser feliz a todo o momento? Ela depende de mais alguém ou só de nos mesmos? E algo emocional? Comece a observar como interpreta e reage as situações que lhe acontecem, como lida com cada uma delas? Você jamais será feliz se ficar esperando que o outro aja da maneira que você quer. Será que a sensação de felicidade também é individual? Será que não temos nos sabotado? Por que muitas pessoas têm tanta dificuldade em ser feliz? Para muitos e difícil aceitar quando ela chega não é? E ai acabamos por nos sabotar mesmo. Quem nunca parou e penso assim: “Nossa! Está tudo tão bom que eu nem acredito”? E o que acontece? Nos sabotamos. Por quê?  Por que não nos damos à chance de ser feliz, de viver coisas boas, porque achamos que não podemos e que não somos capazes disso? Quem disse que não podemos? Será mesmo que não podemos? E mais uma vez eu pergunto: Porque não podemos ser felizes? E ai quando vamos acordar? Será que quando isso acontecer não será tarde demais? Vamos parar para pensar um pouco? Para refletir? A terapia pode ser muito interessante para todo esse processo de conhecimento e reflexão. Um psicólogo poderá te ajudar nesse momento. ¹ FERREIRA, A. B. H. Aurélio: O Dicionário da Língua Portuguesa. 7ª. ed. rev. e ampl. Curitiba: Ed. Positivo, 2009.

Heloisa Brandão, Psicóloga,  CRP 05-35680
 

Sempre temos escolhas, podemos nos fazer de vítima diante das situações ou enfrentar a batalha e aprender com ela. Não é fácil, eu sei que n...