O tratamento psicológico visa otimizar o entendimento dos conflitos subjetivos. O terapeuta auxilia o sujeito a formular questionamentos, abrindo possibilidades para construir uma nova forma de lidar com a sua realidade, aprimorando desta forma sua qualidade de vida.
Terapia “não é coisa de maluco” precisamos mudar esse conceito
Terapia “não é coisa de maluco” precisamos mudar esse conceito
Muitas pessoas têm a ideia errada de que o psicólogo trata somente de pacientes com graves distúrbios mentais. Porém, esse preconceito não deve existir, essa não é a realidade. Essa ideia errônea pode atrasar o atendimento de uma pessoa e agravar seu problema.
A procura pelo tratamento pode ocorrer em diversas situações: Quando a pessoa não esta se sentindo bem com a sua vida, ou algum sofrimento não consegue ser superado, ou diante de dificuldades de relacionamentos, quando esbarra em situações que não consegue resolver, não encontra respostas, etc. O auxílio de um psicólogo nesse período será essencial para que essa pessoa supere esse momento que a esta deixando insatisfeita.
O processo terapêutico ajuda a pessoa a se organizar melhor e aprender a lidar com essas situações que lhe parecem difíceis.
E necessário o interesse da pessoa pelo tratamento. A pessoa tem que estar interessada, ter comprometimento e responsabilidade para que exista o resultado esperado.
Para dar inicio ao processo terapêutico basta ligar para a psicóloga e marcar uma entrevista inicial, a qual, colocara para a profissional as questões que te incomodam, podendo nessa ocasião tirar todas as suas dúvidas sobre o atendimento em questão. O primeiro encontro é mais um momento de conhecimento entre as duas partes, e importante que a pessoa sinta empatia, algumas vezes, nos identificamos mais com um terapeuta do que com outro e isso e importante no processo terapêutico. É fundamental nos sentirmos bem com o terapeuta que ira nos atender. É nesse primeiro contato que podemos perceber isso. Não é obrigatório continuar um tratamento se a pessoa não se sente bem com a outra. A pessoa não é obrigada a falar do que não quer, somente o que se sentir bem para falar.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
Você sabe por que os psicólogos não podem atender a família e os amigos?
domingo, 10 de abril de 2016
Nudez dos pais diante dos filhos
Em geral, os pais se perguntam: Posso ficar nu diante dos meus filhos? Até que idade o pai pode ficar pelado na frente da filha e mãe na frente do filho? Tem algum problema a família toda tomar banho junto?
Antes de responder a estas e outras perguntas que seguem nesta direção, é importante que os pais percebam, individualmente, enquanto homem e enquanto mulher, como se sentem nus diante dos filhos. Como são indivíduos diferentes, nem sempre vão sentir a mesma coisa, o que não é nenhum problema para a criança.
Problema para a criança, e toda a família, surge quando o que se sente é diferente do que se vivencia diante da nudez. Existe uma inibição por parte dos pais em expor seu corpo e ainda assim, por qualquer razão (mesmo que seja a praticidade), a nudez acontece? Existe um prazer explícito ou velado, mesmo que não seja genital (o prazer sexual adulto), ao ficar nu diante dos filhos (prazer em ser bacana, em curtir um banho conjunto, em trocar a roupa do filho que já tem autonomia para se despir e vestir sozinho, etc.)?
Ainda que para os pais sua própria nudez se isente de qualquer inibição ou prazer, para a criança, estar diante do corpo adulto descoberto provoca sensações e sentimentos que ela não é capaz de nomear, como excitação ou identificação com o corpo do adulto. Isto lhe é bastante confuso. Por esta razão, a exposição gratuita ao nu adulto (incluindo publicidade, novelas, filmes e afins) deve ser evitada dos 3-4 anos até a adolescência, fase em que se adquire um corpo “igual” ao do pai ou da mãe.
No entanto, embora devam ser evitadas, há situações em que não há como se esquivar da nudez adulta diante da criança, como no vestiário de um clube. Estas são situações esporádicas e não rotineiras. No dia a dia deve-se priorizar espaços privativos para a intimidade de cada membro da família. O banho, evento mais comum da exposição do corpo, deve ser da criança ou do adulto. Quando a criança ainda precisa de cuidados para se banhar, se enxugar, despir-se ou se vestir, os pais devem exercê-los vestidos, mostrando que aquele é um momento da criança. Pais que usam sunga ou mães que colocam biquíni/maiô para dar banho dos filhos (e, pior ainda, para tomar banho com os filhos) transmitem uma mensagem ambígua, do mostrar sem poder mostrar, do natural-artificial. Filhos aprendem que aquelas partes do corpo são carregadas de contradição e pudor.
Na exposição de corpos, muitas crianças incomodam-se diante da nudez, trilhando seu próprio caminho em busca de privacidade. Por si só, evitam estar diante do adulto nu, não aceitam ajuda na troca de roupas ou na hora do banho, trocam-se de costas, fecham portas em situações em que estão despidas. Os pais precisam acatar este desejo de privacidade, reforçando, inclusive sua importância. Mais do que a vergonha, o que está em jogo é a intimidade, a privacidade e o cuidado e respeito ao corpo. Da mesma maneira, os momentos de intimidade dos pais precisam ser demarcados e sinalizados para que tanto a criança quanto os pais saibam quais situações são coletivas e quais são individuais.
Quando os espaços privativos para intimidade são instalados e respeitados, a criança aprende que tem coisas que são só suas e outras que podem ser compartilhadas; aprende a reconhecer o que quer ou não, o que lhe causa prazer ou não, quem pode mexer no seu corpo ou não, para quem pode mostrar o corpo ou não. Sabendo dos seus limites, a criança aprende a respeitar o próprio corpo e, consequentemente, o corpo do outro, evitando a confusão de sentimentos, a erotização precoce e situações de vulnerabilidade.
domingo, 25 de maio de 2014
Reflexões sobre a sociedade atual
Estamos vivendo em um mundo capitalista, globalizado e narcisista, onde a preocupação esta no presente, na busca de um corpo ideal, de ser melhor para o outro, uma busca desenfreada da beleza externa. Narcisismo esse, reforçado pela mídia e por um mundo capitalista da beleza e do consumo. Na busca de uma autoestima comprada e ilusória. Onde vai parar essa busca por felicidade reduzida a busca do exterior e sendo esquecido o interior? Não há uma preocupação com o amanha, o que será de toda essa mudança no corpo? Essa falta de conhecimento do eu? Onde vai parar essa busca por uma valorização do que a mídia dita como certo, do que os grupos acham que deva ser? Esse mundo onde o que esta na mídia é o que vale, sendo bom ou não. Onde vai parar esse mundo que só vê aparência e todo o resto é esquecido? Onde se vive do imediatismo, onde a ansiedade impera. Uma sociedade imediatista, ansiosa, onde o agora é o que vale, “o imediato toma conta da paciência” a globalização vai de encontro com esse imediatismo e se pararmos pra pensar, se fizer uma reflexão da sociedade há tempos atrás e a sociedade de hoje, vemos o quanto essa globalização nos transforma nesse sentido, pensando na questão da telefonia e de quanto isso mudou, antes para se fazer uma ligação, tínhamos que ligar para uma telefonista e levava-se tempo até conseguir completar essa ligação, passava-se quase o dia todo para conseguir isso e as pessoas tinham paciência, hoje se ligamos queremos ser atendidos na hora, pois, se isso não ocorre, nos estressa, irrita.... Ninguém quer esperar! É tudo pra agora! As pessoas tem pressa... De que? E então perguntamos: como fica a subjetividade nesse mundo tão globalizado, capitalista, imediatista e narcisista? Você se conhece? Cuida do seu interior ou esta só na busca de uma melhora do exterior? O que tem feito por você?
Qual a sua busca? Pense nisso!
Heloisa Brandão - CRP 35680/5
segunda-feira, 31 de março de 2014
Depressão
“Eu tenho um psiquiatra há 24 anos. E se não fossem os remédios que a psiquiatria dá. Se não fosse isso, eu não teria conseguido fazer 20% do que eu fiz”.
sábado, 29 de março de 2014
A Criança como Reflexo do Ambiente Familiar
A criança é como uma esponja, absorve tudo o que observa tudo o que vê, tanto os exemplos ruins quanto os bons. Esses hábitos são incorporados, costumo dizer: que a criança veste a camisa que é dada a ela. Atenção com o comportamento que observa na rua de seu filho, pois, isso é o resultado do que foi visto e ouvido dentro de casa. Como a maneira de falar, de chamar atenção, com um tempo ela vai repetindo tudo que vê e ouve. É imprescindível que os pais saibam que seu comportamento, seu exemplo fala muito alto. Se os pais se agridem a todo o momento, qual será o resultado para essa criança?
Uma
vez recebi uma criança atrasado no consultório, ela chegou e disse: “meu pai
avançou todos os sinas de transito para chegar aqui” Como você ensina e diz a
essa criança que isso não pode ser feito se você faz? Uma outra, quando
estávamos conversando junto aos pais sobre organização, me disse: “mas meu
pai não arruma nada, como pode me cobrar?” Se você diz que algo não pode e
vai lá e faz, como ela vai deixar de fazer? Não pode gritar, os pais vão lá e
gritam. Como fica? Os pais precisam estar atentos a isso, uma vez que, as
crianças estão sempre ligadas, não esquecem. Elas sempre estão vendo o que
falamos e o que fazemos, para seguir como exemplo. As crianças não nascem
respeitando regras ou desrespeitando, elas aprendem isso com a família, na
escola. Mas lembre-se, a família é o primeiro contato. Muitas vezes, o
desrespeito é um aviso de que algo não anda bem naquele convívio, e
infelizmente é a maneira que os pequenos encontram de demostra isso, chamando
atenção de maneira negativa, para que os pais olhem para eles. Já que na
maior parte do tempo estamos presentes somente para chamar atenção e quando
fazem algo de errado. Em que momento estamos próximos, elogiando,
parabenizando? Os pais acreditam que o filho só estuda e por isso tem que
tirar nota boa, e vem com aquela famosa frase: “não fez mais do que obrigação”,
então se você trabalhar e nunca recebe esse elogio do chefe, porque é sua
obrigação, como se sentirá? Acho muito interessante, elogiar, parabenizar, os
filhos pelas atitudes positivas. Isso contribuirá e muito na relação entre
vocês. Pense nisso.
Muitos
pais acham que estão sempre perto e que isso significa dar atenção, mas,
sabemos que isso não é verdade, estar perto não quer dizer que esta com eles.
Sempre incentivo os pais a dedicarem um tempo exclusivo a cada filho, e que a
criança saiba que aquele tempo foi dedicado a ela, isso a fará se sentir
amada (“meu pai/mãe tem um tempo só pra mim”) Entender que ela tem o olhar e
companhia dos pais para ela isenta muitas das atitudes negativas dessa
criança, pois, ela não precisará mais fazer tanta coisa para chamar a
atenção, pois, terá essa atenção sem precisar disso. Sempre pergunto a elas:
Será que não é melhor chamar atenção fazendo algo bom do que algo ruim? Mas,
para a criança isso é um processo tão inconsciente, que essa reflexão não é
feita durante um longo período de tempo.
Não
podemos esquecer que no desenvolvimento normal da criança algumas atitudes de
desobediência são normais, o que não pode é ser demais. Como digo: a vida é
equilíbrio, tudo que é demais ou de menos não é bom, é preciso um meio termo
ai...
É
imprescindível estabelecer normas, regras claras para essa criança, dizer o
que se espera dela. Os pais precisam chegar a um acordo, ambos devem sentar e
definir o que será exigido, não adianta um falar uma coisa e o outro falar
outra, porque, a criança ficará muito confusa com tudo isso e nunca saberá o
que e a quem seguir, respeitar. Isso é importantíssimo. Falo com os pais, se
não se chega a um acordo, a criança só ficará confusa, sem saber se faz o que
um diz ou o que outro diz. O que é certo? O que minha mãe fala ou o que o meu
pai fala, o que farei? Quem devo seguir? Isso tudo fica muito confuso na
cabecinha da criança. E nunca na frente da criança desfazer o que o outro
diz, se não concorda, fale depois reservadamente. Se não houver um acordo
entre os pais, o comportamento da criança não será positivo. É preciso dizer à
criança o que quer que ela faça não dizer apenas o que não quer. Porque
sempre nos colocamos de maneira negativa, ao invés de nos colocarmos de
maneira positiva? Se coloque de maneira positiva, ao invés de se colocar de
maneira negativa. A chance de uma resposta positiva será bem maior.
Alguns
pais costumam dizer que esquecem o que prometeram depois de um tempo, seja um
castigo, um acordo, uma promessa, então faça apenas o que consegue cumprir,
se não de nada adianta. Uma vez ouvi de uma criança: “Meu pai fala depois
esquece, promete e não cumpre...” (e balançou o ombro) Isso poderá os colocar
em situações onde perdem a credibilidade perante a criança. Quando dão
castigos onde dizem que a criança vai ficar um mês sem tal coisa, ou ate o
meio do ano sem isso quando estamos logo no inicio do ano... E depois isso
não é cumprido, ficará desacreditado. Por isso falo aos pais: fale apenas o
que consegui cumprir.
As
crianças precisam entender que são responsáveis por suas escolhas, e que toda
escolha tem uma consequência. A vida é assim. E como costumo dizer: se não
aprendemos em casa, aprenderemos com a vida, que é muito pior e doe muito
mais.
Pense
como suas atitudes podem estar influenciando seu filho. Uma vez que a atitude
dos filhos pode ser uma reação à atitude dos pais ou um reflexo desta.
Heloisa Brandão - CRP 35680/5
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