Quando se fala em cuidar da saúde tanto física quanto mental, o que vem à sua mente? Seguir uma dieta balanceada? Praticar atividades físicas com frequência? Dormir bem? Controlar a ansiedade e o estresse? Incluir momentos de lazer para relaxar da correria?
Sim, tudo isso realmente é fundamental para a saúde do corpo e da mente. Mas existe outra coisa que também pode trazer benefícios: a prática da caridade ou de atos que ajudam ao próximo.
Isso de acordo com o psicólogo e doutor em psicologia clínica Scott Bea, em artigo para o centro médico acadêmico americano Cleveland Clinic.
“Todos nós sabemos que doar ajuda os outros. Seja se a gente se voluntariar em organizações, oferecer suporte emocional a pessoas próximas ou doar para caridades. Mas estudos mostram que doar também é bom para o doador – estimulando a sua saúde física e emocional”.
De acordo com o doutor em psicologia clínica, um estudo no International Journal of Psychophysiology observou que pessoas que ofereceram suporte social a outras apresentaram uma pressão arterial mais baixa em comparação àqueles que não ofereceram.
Conforme o psicólogo, pesquisadores também apontaram que as pessoas que dedicaram o seu tempo para ajudar outras através de envolvimento comunitário ou organizacional tinham maior autoestima, menos depressão e menos estresse em comparação àqueles que não faziam isso.
Ajudar ao próximo também pode deixar uma pessoa mais alegre. Conforme explicou o doutor em psicologia clínica, biologicamente o ato de doar pode ativar regiões cerebrais ligadas ao prazer, à ligação com as outras pessoas e à confiança.
“Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde (dos Estados Unidos) analisaram imagens por ressonância magnética funcionais de sujeitos que doaram para várias caridades. Assim, eles identificaram que doar estimula a via mesolímbica, o centro de recompensa do cérebro”, disse.
“O ato de doar libera endorfinas e cria o que se chama de ‘helper’s high’ (algo como uma sensação de euforia ao ajudar alguém). E como os outros ‘highs’, esse também é viciante”, finalizou.
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